Um Encontro, Varios Sentimentos

Eles se olham no onibus. Os olhos se encontram e nesse exato momento os dois entendem o que está acontecendo.

Ela sente um arrepio percorrer a sua espinha, seus lábios ficam secos, seu coração dispara, mas mantém a pose. Continua olhando o seu livro, mas as palavras estão se embaralhando; não sabe mais onde parou.

Ele está passando pela roleta; quando a avista e seu coração parece que vai saltar pela boca, seus olhos percorrem toda a extensão do ônibus e vê que existe um local vago. AO LADO DELA. Ele realmente fica em duvida se é ali que iria sentar e para tanto preferiu ficar de pé.

Um calor toma conta do seu peito; ele está ali a poucos centímetros dela, tão perto, tão sedutor, porem distante o suficiente para fazer seu peito arder de paixão. E nesse momento um impulso toma conta do seu ser; ela estende a mão e o pega pelo braço.

- Sente-se aqui!?

- Desculpe-me?

- Por que não se senta?

Apenas isso bastou para que Eros pudesse agir. Ao contrario do que as pessoas acham/falam, ele não tem flechas e outros artefatos. Apenas sugere as coisas e com esses dois foi muito mais difícil do que poderiam imaginar.

- Libido, Prazer? Acho que está na hora de vocês completarem o serviço, certo?

Em parte eu gosto do meu trabalho. Mas gosto mais ainda de ver ‘Eles’ agindo; não é a toa que o prazer chega para mim, quando fica apenas observando o que os homens fazem quando sugestionados a esquecerem seus pudores e tabus.